A segurança vai além do capacete

Ao pensar em segurança na motocicleta, você pensa em que? Capacete, com certeza deve ser uma das coisas (se não, deveria). Mas além da sua segurança direta, existe a segurança indireta, aquela que não percebemos até precisar. Aí entra a contratação de um bom seguro.

A insegurança das cidades

Quando se pensa em seguro, pensa-se na ocasião de roubos e furtos, que infelizmente vem crescendo. Em São Paulo, uma moto é roubada a cada 17 minutos, em média, pelos dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP). E quem tem motos mais antigas não está livre. Há um senso comum de que as motos visadas são as motos novas, mas pouco mais de um terço das motocicletas furtadas ou roubadas no Estado de São Paulo possuem mais de 10 anos de fabricação. Ou seja, a sua moto antiga não está fora do infeliz radar de roubos e furtos. E lembrando que em caso de roubo, a orientação é não reagir. Nesse ponto, quando se tem um seguro, o pensamento de reagir diminui, pois é para isso que ele serve.

Mas um seguro não serve apenas para roubos e furtos. Há outros sinistros que podem ocorrer, por exemplo, colisões. Para ficar melhor exemplificado, o terceiro automóvel mais emplacado – pelos registros da FENABRAVE – foi o Jeep Renegade, cuja lanterna traseira pode custar R$ 3 000,00. Numa colisão com a traseira de um carro, pode-se acabar quebrando a lanterna traseira desse e o prejuízo causado pode ser um valor maior que o seguro “economizado”. Um seguro apenas para terceiros, por exemplo, pode custar em torno de R$ 42,00 por mês, para evitar um prejuízo muitas vezes maior.

Vale a pena contratar um seguro para motos?

Será que vale a pena fazer o seguro de uma moto pagando 10% do valor dela? A resposta é sim!

Em alguns casos o valor pode ser ainda maior, em proporção ao valor do bem segurado: pode chegar a mais de 30%. A questão é verificar o que o seguro te oferece. Continue com a gente e saiba mais!

Saiba o seguro específico para a sua moto

Motos de até 250 cilindradas costumam ser usadas para trabalho ou diariamente no deslocamento para trabalhar, ou seja, estão mais tempo na rua e mais suscetíveis a acidentes, assim como os donos dessas motos – por passarem mais tempo no trânsito – podem acabar se envolvendo mais em acidentes por estarem cansados, além da direção mais agressiva. Já as motos de alta cilindrada têm o seguro um pouco mais caro por serem alvo de roubos e maior custo de reparo, apesar de serem mais usadas para lazer e ter menos riscos de acidentes.

Então, ao considerar o seguro das motos, verifique quais coberturas a apólice oferece e se ele te atende mais que o suficiente. Por exemplo, para moto de baixa cilindrada pode ser interessante considerar a opção de seguro apenas para roubo e furto e para terceiros. Uma lanterna traseira de um carro popular pode chegar a mais de R$ 800,00. Nesses casos, ao invés de contratar um seguro compreensivo (conhecido como completo), pode-se contratar um contra roubo e furto e outro para terceiros – aquele que cobre os custos causados pelo veículo segurado.

Já para as motos acima de 500 cilindradas deve ser mais interessante o seguro compreensivo, aquele que cobre custos da própria moto seja por colisão, roubo, furto etc, cobre o custo de terceiros, oferece o serviço de guincho (geralmente limitado a alguma distância ou não, e com limite de quantidade de usos), além de outros serviços não relacionados ao veículo segurado como encanador. Geralmente, os seguros para motos de alta cilindrada costumam ter valores proporcionais a moto mais baixos que de motos pequenas.

Por que os valores variam tanto?

Uma das razões para valores mais altos no seguro é o endereço de pernoite da moto. Por exemplo, numa seguradora, o seguro compreensivo custava R$ 3.200,00 para determinado endereço e para a rua vizinha custava R$ 1.900,00. Uma diferença maior que R$ 1.000,00 apenas por conta do CEP de pernoite.

No entanto, se você acha um problema ser mais caro no seu endereço do que no seu amigo, por exemplo, talvez seja melhor lembrar que esses valores mais altos advém de estatísticas para aquela região, portanto, se é mais caro por conta de roubos de veículos é ainda mais recomendado que se faça seguro do bem adquirido. Isso é um pouco estranho, afinal, quanto maior o valor, menos as pessoas optam por comprar o seguro, no entanto, é justamente quando mais precisam. Novamente, verifique o tipo de seguro que está contratando e se é possível cortar alguns serviços barateando o valor final.

Dependendo da seguradora, do veículo, tipo de uso e outros motivos, pode ser necessário instalar um rastreador na sua moto para fazer o seguro, ou optar por receber 90% do valor de referência, geralmente a tabela FIPE. Essas opções ajudam a diminuir o valor final do prêmio do seguro.

 

Casos de colisão

Em caso de colisão, se o bem estiver segurado, a operadora contratada arcará com o valor da moto para perda total desta ou, caso seja feito o reparo, o segurado arcará com despesas até o limite da franquia contratada e a seguradora com o restante. Veja os exemplos a seguir, considerando uma franquia contratada de R$ 3.000,00:

  • Se o valor dos reparos for menor ou igual a R$ 3.000,00, ele é pago integralmente pelo segurado;
  • Se o valor dos reparos for maior que R$ 3.000,00, o segurado paga o valor da franquia e a seguradora paga o valor restante;
  • Se o valor do reparo for muito alto, em relação ao valor do bem segurado, a seguradora paga o valor da tabela de referência para a motocicleta ao segurado que poderá comprar outro veículo. A seguradora tem um prazo de 30 dias contados a partir do recebimento de toda a documentação necessária para o processo de indenização do segurado.

 

Casos de roubo e furto

Em situações que o veículo seja roubado, ou furtado, e não for encontrado num período de 30 dias, então a seguradora cobre integralmente o valor segurado. Esses prazos são definidos pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) que regula o mercado de seguros no Brasil e mantém estatísticas abertas ao público sobre os sinistros de veículos por regiões, tipos de veículos etc.

Ao pensar em segurança na moto, não basta lembrar do capacete, luva, jaqueta com proteções adequadas (e tecido adequado), calça idem e uma bota. Mas pensar em minimizar danos caso estes, infelizmente, venham a ocorrer.

As comodidades que o seguro pode te oferecer

Leve em consideração todas as comodidades que um seguro pode oferecer!

  • Guincho para um pneu furado;
  • Guincho para a oficina;
  • Translado para o final de uma viagem;
  • Um socorro devido a uma pane elétrica;
  • Falta de combustível.

Também pode ser necessário um chaveiro por conta daquela parada numa viagem em que resolveu dar um mergulho no mar e a chave acabou se desprendendo e ficou perdida na água.

Tudo isso pode entrar na conta de um bom seguro. E há seguradoras que oferecem uma cobertura adicional para acessórios que usamos, como:

  • Capacete;
  • Calça;
  • Jaqueta;
  • Luva;
  • Intercomunicador (cada vez mais presente).

 

 

Viaje tranquilo

Além disso, se você resolver viajar pela América do Sul com sua moto, será necessário a contratação de um seguro especial: o Seguro Carta Verde. É um seguro de responsabilidade civil válido para países do Mercosul diferente daquele em que o veículo está registrado e obrigatório desde julho de 1995. Para quem mora em regiões de fronteira com Argentina, Paraguai ou Uruguai há um tipo de seguro específico: o fronteiriço. No caso do Chile, a lei daquele país exige um outro tipo de seguro chamado de SOAPEX que é, grosso modo, equivalente ao nosso DPVAT. Lembrando que essas informações são relativas a passeio, caso a viagem seja com veículo comercial há exigências diferentes.

Considere o seguro da sua moto, é importante, te mantém tranquilo e caso algum acidente ocorra, você tem apoio financeiro garantido para que os prejuízos do acidente sejam minimizados. Apesar de evitarmos ao máximo essas situações, não estamos totalmente livres dela. A Energy Broker oferece soluções para isso e dispõe de seguros que atendem coberturas básicas – como incêndio, roubo e colisão.

Um seguro pode resolver inúmeras situações e a contratação a partir de uma boa seguradora faz toda diferença nessa solução.

Comente!